sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Reparai na figueira - Beato John Henry Newman

A terra que vemos não nos satisfaz. É apenas um começo. Não é mais do que uma promessa dum porvir; nem mesmo na sua maior alegria, quando se cobre de todas as suas flores e mostra os seus tesouros escondidos da forma mais atractiva, mesmo então isso não nos basta. Sabemos que há nela muito mais coisas do que as que conseguimos ver. Um mundo de santos e de anjos, um mundo glorioso, o palácio de Deus, a montanha do Senhor Sabaoth, a Jerusalém celeste, o trono de Deus e de Cristo: todas essas maravilhas eternas, preciosíssimas, misteriosas e incompreensíveis se escondem por detrás do que vemos. O que vemos não é senão a camada exterior do reino eterno e é nesse reino que fixamos os olhos da nossa fé. 

Mostra-Te, Senhor, como no tempo da tua natividade, em que os anjos visitaram os pastores; que a tua glória se expanda como as flores e a folhagem se desenvolvem nas árvores. Pelo teu poder, transforma o mundo visível nesse mundo mais divino que ainda não vemos. Que aquilo que vemos seja transformado naquilo em que cremos. Por mais brilhantes que sejam o sol, o céu, as nuvens, por mais verdejantes que sejam as folhas e os campos, por mais doces que sejam os cantos dos pássaros, sabemos que isso não é tudo e que não queremos tomar a parte pelo todo. Essas coisas procedem dum centro de amor e de bondade que é o próprio Deus, mas não são a sua plenitude. Falam do céu, mas não são o céu. São apenas, de certa forma, raios dispersos, um ténue reflexo da sua imagem; são apenas migalhas que caem da mesa.

«The Invisible World» » PPS, t. 4, n°13

Fontes: 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Santo Antônio de Sant'Ana Galvão

Nascido em Guaratinguetá, em 1739, de uma família de muitas posses, descendia dos primeiros povoadores da Capitania e corria em suas veias sangue de bandeirantes. Foi ele próprio chamado "Bandeirante de Cristo", porque tinha na alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. Renunciou a uma brilhante situação no mundo e ingressou na Ordem franciscana. Fundou, em 1774, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito Santo, o Mosteiro concepcionista de Nossa Senhora da Luz, na cidade de São Paulo. Não somente formou e conduziu nas vias da espiritualidade franciscana e concepcionista as religiosas desse mosteiro, mas também o edificou materialmente, ao longo de quase 50 anos de esforços contínuos. Foi o arquitecto, o engenheiro, o mestre de obras e muitas vezes o operário da sua edificação, que somente se tornou possível porque ele incansavelmente pedia, ao povo fiel, esmolas para a magnífica construção. Entregou sua alma a Deus em 1822 e foi beatificado em 1998. Até hoje sua sepultura, na capela do mosteiro, é visitada por multidões que acorrem a pedir-lhe graças e milagres, e também à procura das famosas e prodigiosas "pílulas de Frei Galvão". 
Fonte imagem: Blog Irmandade de Frei Galvão - Diocese de Guarulhos

A origem dessas pílulas é contada num folheto distribuído no próprio mosteiro: "Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida. Frei Galvão escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: «Post partum Virgo Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós)». Deu-os ao homem, que por sua vez os levou à esposa. Apenas a mulher ingeriu os papelinhos, que Frei Galvão enrolara como uma pílula, a criança nasceu normalmente. Caso idêntico deu-se com um jovem que se torcia com dores provocadas por cálculos visicais. Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado. Esta foi a origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para as pessoas que têm fé na intercessão do Servo de Deus". 
Canonizado por Bento XVI no dia 11 de Maio de 2007.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Bíblia nos dá o espírito, a Igreja organiza o corpo em que o espírito encarna.

A tradição e a vontade de Deus

Beato John Henry Cardeal Newman (1801-1890)
Sermão «Ceremonies of the Church»

Pouco importa como aprendemos a conhecer a vontade de Deus – seja através da Escritura, seja através da tradição apostólica, ou daquilo a que São Paulo chama a «natureza» (cf Rom 1,20) –, desde que estejamos certos de que essa é mesmo a sua vontade. Na realidade, Deus revela-nos o conteúdo da fé por inspiração, porque a fé é de ordem sobrenatural; mas revela-nos as questões práticas do dever moral pela nossa própria consciência e pela razão divinamente guiada.

As questões puramente formais, revela-no-las através da tradição da Igreja, pelo costume que nos leva a pô-las em prática, embora o costume não venha na Escritura; isto para responder à questão que podemos colocar a nós próprios: «Para que havemos de observar ritos e formas que a Escritura não prescreve?» A Escritura transmite-nos aquilo em que é necessário acreditar, aquilo para que devemos tender, o que devemos manter. Mas não estabelece a forma concreta de o fazer. Uma vez que não podemos praticar isso senão desta ou daquela forma precisa, somos forçados a acrescentar alguma coisa àquilo que nos diz a Escritura. Por exemplo, ela recomenda-nos que nos reunamos para a oração e associa a sua eficácia […] à união dos corações. Mas, como não indica nem o momento nem o local da oração, a Igreja tem que completar o que a Escritura se contentou em prescrever de forma genérica. […]

Podemos dizer que a Bíblia nos dá o espírito da nossa religião, e que a Igreja tem de organizar o corpo em que o espírito incarna. […] A religião não existe de forma abstracta. […] As pessoas que tentam adorar a Deus duma forma (dizem elas) «puramente espiritual» acabam por, de facto, não O adorar de todo. […] Portanto, a Escritura dá-nos o espírito e a Igreja o corpo da nossa devoção. E, assim como não podemos ver o espírito dum homem sem ser por intermédio do seu corpo, assim também não podemos compreender o objeto da nossa fé sem a sua forma exterior.

Fonte: Evangelho Cotidiano

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

São Francisco Xavier: Proclamar o Reino de Deus.


São Francisco Xavier (1506-1552), missionário jesuíta 

Cartas 4 e 5 a Santo Inácio de Loyola

Viemos por povoações de cristãos. […] Quando chegava a estas povoações, baptizava todas as crianças por baptizar. […] Ao entrar nos povoados, as crianças não me deixavam rezar o Ofício divino, nem comer, nem dormir, e só queriam que lhes ensinasse algumas orações. Comecei então a saber porque é deles o Reino dos Céus (Mc 10,14). Como seria ímpio negar-me a pedido tão santo, comecei pela confissão do Pai, do Filho e do Espírito Santo, pelo Credo, Pai-Nosso, Ave-maria, e assim os fui ensinando. Descobri neles grande inteligência; se houvesse quem os instruísse na fé, tenho por certo que seriam bons cristãos. 

Muitos deixam de se fazer cristãos nestas terras por não haver quem se ocupe de tão santas obras. Muitas vezes me vem ao pensamento ir aos colégios da Europa, levantando a voz como homem que perdeu o juízo, e principalmente à Universidade de Paris, falando na Sorbonne aos que têm mais letras que vontade para se disporem a frutificar com elas. Quantas almas deixam de ir à glória e vão ao inferno por negligência deles! 

E, se assim como vão estudando as letras, estudassem a conta que Deus Nosso Senhor lhes pedirá delas, e do talento que lhes deu, muitos se moveriam a procurar, por meio dos Exercícios Espirituais, conhecer e sentir dentro de suas almas a Vontade divina, conformando-se mais com ela do que com suas próprias afeições, e dizendo: «Senhor, eis-me aqui, que quereis que eu faça? (Act 9,10). Mandai-me para onde quiserdes e, se for preciso, até mesmo para a Índia.»

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nossa Senhora das Mercês

Imagem original do blog "Nossa Senhora das Mercês".
Em 621, os visigodos tornaram-se senhores de toda a Espanha. 

Em 711, vieram os árabes que os repeliram para as montanhas das Astúrias e conquistaram quase toda a Península. Foram precisos seis séculos para os expulsar. 

Durante este período foram levados para África grande número de cristãos. Os que abraçavam o islamismo eram tratados como homens livres; os outros eram vendidos como escravos. Para os libertar era necessário pagar o resgate. Como nem todas as famílias tinham posses para libertar seus familiares, S. Pedro Nolasco fundou, em 1218, a Ordem das Mercês ou da Redenção dos Cativos. A própria Virgem, numa aparição, incitou a isso. Pedro contou a sua visão a S. Raimundo de Penhaforte e ao rei Jaime I, de Aragão. Os três conseguiram pôr em prática o projecto. Graças ao seu heroísmo e à generosidade dos cristãos, a obra foi fecunda em resultados e só terminou com o desaparecimento da pirataria. 

Dizia o Breviário Romano que "foi com o fim de agradecer a Deus e à Santíssima Virgem os benefício de tal Instituição que se estabeleceu a festa de Nossa Senhora das Mercês". 

O nome feminino, Mercedes, vem deste título especial da Virgem Maria.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Explicação do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Muito legal a explicação dos detalhes deste ícone de Nossa Senhora. Quanto simbolismo importante passa desapercebido numa olhadela apressada. A contemplação deste ícone em seus detalhes, é uma verdadeira oração à Mãe de Deus e nossa.

Clique na imagem pra ler as particularidades deste belo ícone. Se ainda não conhece irá se impressionar:


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Cristo, perfeição da Lei e dos Profetas

"Quando leio o Evangelho e nele encontro testemunhos saídos da Lei ou dos 
Profetas, penso só em Cristo. Não leio Moisés nem os Profetas senão com 
a intenção de saber o que dizem eles de Cristo, uma vez que, tendo 
chegado ao esplendor de Cristo como à luz esplendorosa e brilhante do sol, 
não posso depois prestar atenção a uma lâmpada. Se acendermos uma 
lâmpada em pleno dia, o que alumia ela? Ao sol, a luz duma lâmpada é 
invisível. Do mesmo modo, na presença de Cristo, desaparecem por completo 
a Lei e os Profetas. Não critico a sua existência, muito pelo contrário, 
até a enalteço, uma vez que a Lei e os Profetas anunciam a Cristo. Quando 
os leio, porém, a minha intenção não é ater-me ao que dizem mas, a 
partir do que dizem, chegar a Cristo."

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja 
Homilia nº 9 sobre o Evangelho segundo São Marcos, 8 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Deixo-vos a paz; dou-vos a Minha paz

"O Espírito de Deus é espírito de paz; mesmo quando cometemos os mais graves pecados, Ele faz-nos sentir uma dor tranquila, humilde e confiante, devido, precisamente, à Sua misericórdia. Ao invés, o espírito do mal excita, exaspera e faz-nos sentir, quando pecamos, uma espécie de cólera contra nós; e no entanto o nosso primeiro gesto de caridade deveria justamente ser para com nós próprios. Portanto, quando és atormentado por certos pensamentos, tal agitação não te vem nunca de Deus, mas do demónio; porque Deus, sendo espírito de paz, só pode dar-te serenidade."

São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968), capuchinho 
Carta, AdFP, 549

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em Meu nome

"Diferentemente das palavras «Pai» e «Filho», o nome do Espírito Santo, a terceira pessoa divina, não é a expressão de uma especificidade; designa pelo contrário, o que é comum a Deus. Ora é justamente aí que aparece o que é «próprio» à terceira pessoa; Ela é «o que é comum», a unidade do Pai e do Filho, a Unidade em pessoa. O Pai e o Filho são um na medida em que vão para além de Si próprios; são um nessa terceira pessoa, na fecundidade do dom. Tais afirmações não poderão nunca ser mais do que aproximações; não podemos reconhecer o Espírito a não ser através dos Seus efeitos. Consequentemente, a Escritura nunca descreve o Espírito em Si mesmo; só fala da maneira como Ele vem ao homem e como Se diferencia dos outros espíritos. [...]

Judas Tadeu pergunta: «Senhor, porque é que Te manifestas a nós e não ao mundo?» A resposta de Jesus parece passar ao lado desta pergunta: «Se alguém Me ama, viverá segundo a Minha palavra, Nós viremos a ele e faremos nele a Nossa morada». Na verdade é a resposta exacta à pergunta do discípulo e à nossa pergunta sobre o Espírito. Não se pode expor o Espirito de Deus como uma mercadoria. Só O pode ver aquele que O traz em si. Ver e vir, ver e permanecer, andam aqui juntos e são indissociáveis. O Espírito Santo permanece na palavra de Jesus e não se obtém a Palavra com discursos, mas através da constância, através da vida".
Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013) 
Der Gott Jesu Christi 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Eu sou o Caminho (Jesus de Nazaré)

«Caminha através do homem e chegarás a Deus. É melhor andar pelo caminho, mesmo a coxear, que andar rapidamente, mas fora do caminho. Porque aquele que vai coxeando pelo caminho, ainda que avance pouco, aproxima-se do termo; mas aquele que anda fora do caminho, quanto mais corre, tanto mais se afasta do termo.»
                                                                       Santo Agostinho de Hipona

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue uma verdadeira bebida


Adoro-Te com amor, Deus escondido,
Que sob estas espécies és presente.
Dou-Te o meu coração inteiramente,
Em Tua contemplação desfalecido.


A vista, o tacto, o gosto nada sabem,
Só no que o ouvido sabe se há-de crer.
Creio em tudo o que o Filho de Deus veio dizer:
Nada mais verdadeiro pode ser
Do que a própria Palavra da Verdade.


Na cruz estava oculta a divindade,
Aqui também o está a humanidade.
E contudo, eu creio e o confesso
Que ambas aqui estão na realidade,
E o que pedia o bom ladrão eu peço.


Não vejo as chagas, como Tomé,
Mas confesso-Te meu Deus e meu Senhor.
Faz-me ter cada vez em Ti mais fé,
Uma esperança maior e mais amor.


Ó memorial da morte do Senhor!
Ó vivo pão que ao homem dás a vida!
Que a minha alma sempre de Ti viva!
Que sempre lhe seja doce o Teu sabor!

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja 
Hino eucarístico «Adoro te devote» 

Fonte: Evangelho Cotidiano

sexta-feira, 15 de março de 2013

Comissão Mista dos Portos e os argentinos.

Estava vendo uma reunião gravada da Comissão Mista que analisa MP dos Portos, pela TV Senado. A reunião aconteceu no mesmo dia em que surgiu para o mundo o novo Papa: dia 13/03/2013. O presidente da Comissão é o tal do  deputado José Guimarães do PT cearense. Aquele do episódio da grana na cueca. Um assessor dele foi preso no aeroporto de Congonhas com 100 mil na cueca mais uns 200 mil na maleta. 

O que surpreendeu é que em meio a uma troca de delicadezas entre o Paulinho da Força (SP) e a deputada Kátia Abreu (TO), o fodão petista aproveitou que alguém lhe cochichou no ouvido sobre a escolha do novo Papa, para tentar acalmar os ânimos desviando a conversa.

Fez comentários em tom de deboche. Disse ainda que "por essa  ninguém esperava. nem os trabalhadores e nem os deputados". E o que isso importa a ele, aos deputados ou aos trabalhadores? A eleição de um Papa diz respeito a nós católicos. Pouco importa a opinião deste deputadinho que teve o nome envolvido em episódio esdrúxulo. 

E qual o problema de ser um Papa argentino? Não só o "digno" presidente, mas podemos ouvir no vídeo, que outros deputados e senadores também fizeram piadinhas. Devem achar-se, os parlamentares, acima dos demais. Devem sentir-se superiores aos argentinos, por serem agentes políticos federais. Não troco um digno varredor de ruas argentino por qualquer deputado ou senador que estava naquela audiência pública. Não existe o mínimo de moral nestes parlamentares para tirarem sarro do povo argentino.

Ao invés de zombarem dos argentinos, deviam fazer um exame de consciência. Quem sabe assim cairiam na real, e, nem que por um momento, poderiam vislumbrar sua pequenez? Rir dos outros é sinal de pobreza espiritual, já dizia o poeta.

Abaixo o vídeo. Veja a partir de 1m47s o início do ludíbrio parlamentar:



Giovani Rodrigues

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Northrop Frye, a universidade, a mídia e o politicamente correto.







"(...) a universidade é tomada por pessoas de personalidade insegura e medíocre que se escondem atrás de teorias consagradas a fim de garantir seu espaço "intelectual" nas instituições do conhecimento. Não apenas as universidades, mas também a mídia é povoada por pessoas que afirmam o que a maioria quer ouvir, porque isso garante adesões e reduz riscos de confronto."

Northrop Frye, apud Pondé, Luiz Felipe. Guia politicamente incorreto da Filosofia. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Desembargadora aposentada critica a Bíblia e é refutada pelo Conde Loppeux

Vídeo onde Leonardo Oliveira,o Conde Loppeux, faz uma brilhante explanação sobre História (do Direito, da Filosofia, da Igreja, da Civilização Ocidental, entre outras). Além de fazer uma crítica bastante pertinente aos cursos de Direito da atualidade que formam tecnocratas. Em poucas palavras, tudo isso para abordar o tema central que foi a entrevista do pastor Sillas Malafaia no programa da Marília Gabriela.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A teologia da libertação é o jardim do diabo.

Talvez a melhor definição de Teologia da Libertação que já li, foi esta escrita pelo amigo Olegário Nazário* no seu perfil do Facebook:


"A teologia da libertação é o jardim do diabo
Lá, ele brinca, planta e semeia o joio.
O jardim sempre fica exposto à frente de casa.
Ele deve ser atrativo, e quanto mais colorido, mais atraente se torna.
Por isso, a TL fala do pão aos famintos; da partilha; da comunhão; da fraternidade; do respeito aos pecados alheios.
A TL não fala do inferno; pois o diabo não divulga sua casa.
A TL fala de um "deus" que não cobra; não pune; nem exige.
O diabo sabe que é mais fácil começar a demolição de uma alma oferecendo flores;
Por isso ele criou a TL; pois nessa doutrina não existe o pecado.
O diabo - por meio de sua astúcia - mistura verdades com mentiras, e assim, ela dá um verniz de santidade.
A TL nasceu para desmoralizar a sacralidade e a doutrina de Cristo.
E o jardim floresce....
O diabo sempre quis ser como Deus.
Como isso lhe é impossível ele criou o seu "deus".
E como Deus nos deu a Verdade; O diabo nos dá sua mentira;
Por isso ele criou a TL."


*católico Apostólico Romano; casado; pai de três filhos; auditor; empresário.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher" (4,4).


Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir 
Contra as heresias III, 21,9-22,1; cf SC 211:


Deus havia prometido que da linhagem de David sairia o Rei eterno que reuniria todas as coisas em Si mesmo (Sl 131,11; Ef 1,10). Portanto, Deus retomou a obra que tinha projectado inicialmente (Gn 2,7). [...] E, tal como Adão, o primeiro homem modelado, recebeu a sua substância de uma terra virgem e imaculada [...] e foi moldado pela mão de Deus, isto é, a Palavra de Deus «por quem todas as coisas foram feitas» (Jb 10,8; Jo 1,3) [...], do mesmo modo foi de Maria ainda virgem que nasceu o Verbo, que é esta recuperação de Adão. [...] Por que foi que Deus não o tirou de novo do barro? Por que fez sair de Maria a obra que modelou? Foi para que a obra assim modelada não fosse diferente da primeira, mas a mesma, que não fosse outra a que é salva, mas a mesma, que a mesma fosse retomada, respeitando a semelhança.


Portanto, enganam-se os que dizem que Cristo nada recebeu da Virgem. Estes querem rejeitar a herança da carne, mas rejeitam também a semelhança [...]; já não se poderia dizer que Cristo era semelhante ao homem feito à imagem e à semelhança de Deus (Gn 1,27). Era o mesmo que afirmar que Cristo Se manifestou apenas na aparência, aparentando ser um homem, ou que Se tornou um homem sem nada assumir do homem. Se Ele não recebeu de um ser humano a substância da Sua carne, não Se fez homem nem Filho do homem; e se não Se fez aquilo que nós éramos, pouca importância têm as Suas dores e o Seu sofrimento. [...] O Verbo de Deus fez-Se verdadeiramente homem, recuperando em Si mesmo a obra que Ele tinha modelado. [...] O apóstolo Paulo afirma claramente na carta aos Gálatas: «Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher» (4,4).