quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Selo Dominus Vobiscum 2009





Carlos Eduardo, da comunidade Canção Nova e autor do blog Dominus Vobiscum, acaba de premiar o EuricoZine com o selo Dominus Vobiscum 2009.


Meu blog foi escolhido "por mostrar as riquezas da Igreja Católica com ousadia e fidelidade", segundo as palavras do Cadu. Juntamente com outros blogs, proucuramos difundir pela internet a Verdadeira Religião.

É uma honra participar desta parceria de evangelização com um blog da Canção Nova. Apesar de não mais ter a espiritualidade carismática, tenho um carinho especial pelo Monsenhor Jonas Abib, o Professor Felipe Aquino e o Padre Paulo Ricardo. Durante os anos iniciais da década de 1990, ouvia muito a Rádio Canção Nova. Em especial os programas do Professor Felipe e palestras do Padre Jonas. Foi de extrema importância na minha volta à Santa Igreja. Naqueles tempos não existia internet e sua riqueza de informações como temo hoje.




Muitas vezes ligava para a casa do Prof. Felipe para saciar minha sede de conhecimento. Em várias oportunidades, na ausência do Professor, recebia conselhos de sua espôsa Maria Zila.


Agradeço de coração ao Cadu por ter escolhido o EuricoZine como um dos blogs agraciado com o selo Dominus Vobiscum 2009.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Magistério da Igreja – Papa condena outra vez a Teologia da Libertação




Em discurso a bispos brasileiros, o papa Bento XVI condenou mais uma vez a Teologia da Libertação.

O discurso foi pronunciado neste sábado (05/12/2009) ao grupo de Bispos do sul do país que se encontrava em Roma por ocasião da visita ad limina. Por ocasião desta visita, que acontece a cada cinco anos, os Bispos apresentam ao papa e à cúria romana um relatório a respeito de suas dioceses e ouvem do pontífice as orientações para seu futuro pastoreio.

Bento XVI recorda o aniversário de vinte e cinco anos do documento que ele mesmo assinou, como então Cardeal Ratzinger, condenando esta forma de fazer teologia utilizando “teses e metodologias provenientes do marxismo”.  As palavras usadas pelo papa são duras e fogem do padrão diplomático dos discursos curiais, fazendo uma lista politicamente nada correta das consequências da Teologia da Libertação: “rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia”.

O pontífice admite que  a Teologia da Libertação não é um problema do passado quando recorda aos bispos que estas terríveis consequências “fazem-se sentir ainda” e que ainda se encontram em “vossas comunidades diocesanas”. O balanço geral apresentado por Bento XVI a respeito da aventura libertária da Igreja do Brasil parece fechar no vermelho.

“Grande sofrimento e grave perda de forças vivas” – conclui o sucessor de Pedro.

Clique aqui para ler todo o texto do discurso.
É favor veicular esta notícia através de sua lista de endereços, orkut e meios de comunicação disponíveis.

Fonte: Site "Christo Nihil Praeponere" do Padre Paulo Ricardo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire é um plágio?

Método Paulo Freire ou Método Laubach?



Segundo historiador, Frank Laubach pode ser o Hegel de Paulo Freire — o "criador" da Pedagogia do Oprimido pode ter plagiado o educador norte-americano, virando-o de ponta-cabeça


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Apologética 2.0





Comunidade de apologética católica: um espaço para a defesa, justificação e aprofundamento da Fé (Teologia e conhecimentos auxiliares).

O debate deve ser equilibrado (mas informal) e fazer uso da Revelação (Tradição apostólica + Bíblia), como ensinada pelo Magistério e vivida pelos Santos.

As quatro tendências internas da Igreja na atualidade (progressistas, carismáticos, neo-conservadores e tradicionalistas) são bem vindas para debater nos termos indicados.

Temas culturais e de cristianismo e religião comparada (visando uma formação humanística) podem ser abordados numa perspectiva não-teológica.

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Comunidade fundada por Thiago Santos de Morais.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Regional Sul I da CNBB contra o Aborto

MOÇÃO APOIO APROVADA EM ITAICI PELAS 46 DIOCESES DA REGIONAL SUL 1 DA CNBB

Publicação autorizada pela Comissão Regional em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB

“Na Trigésima Primeira Assembléia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 da CNBB, nós, Povo de Deus, reunidos de 16 a 18 de outubro de 2009 em Itaici, Indaiatuba, SP, viemos a público manifestar nossa indignação diante do sucedido com os
deputados federais Luis Bassuma (PT-BA) e Henrique Afonso (PT-AC), que foram processados, julgados e condenados pela Comissão de Ética de seu partido à pena de suspensão de suas atividades parlamentares, retirados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados e ainda instados a retirarem todas as suas iniciativas legislativas que defendem e promovem a vida humana.

Os deputados foram punidos por assumirem a defesa do direito humano primário: o direito à vida do inocente indefeso, desde a concepção.

O proceder do Partido dos Trabalhadores, como de qualquer outro partido, que se comporte da mesma forma, demonstra intolerância e desrespeito à liberdade de consciência, garantida pela Constituição Federal, provocando um retrocesso na construção do Estado Democrático, além de violar o direito fundamental à vida desde a concepção, garantido pela Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), homologado pelo nosso Congresso Nacional em 1992, e contrariando frontalmente a a mensagem central do Evangelho.

[...]

Manifestamos nossa solidariedade e apoio aos deputados pelo testemunho exemplar de cidadania e profunda consciência humana e cristã, bem como apoiamos a instalação na Câmara dos Deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aborto, para investigar a prática do aborto clandestino, sustentado pelo financiamento e interesses estrangeiros, que querem impor ao Brasil e à América Latina a política perversa do controle populacional.

Se quisermos sustentar um fundamento sólido e inviolável para os Direitos Humanos, é indispensável reconhecer que a vida humana deve ser defendida sempre, desde o momento da fecundação (Documento de Aparecida, nº 467)”. 

Novo documento da Santa Sé contra os abusos na Missa

Outra importante notícia é que ficou pronto o Compendium Eucharisticum que foi entregue a Bento XVI. É um documento que pretende levar os sacerdotes de todo o mundo a celebrar mais digna e piedosamente o Santo Sacrifício. Tomara que eu esteja errado, mas tenho a impressão que a grande maioria dos padres e bispos brasileiros irão dar a mínima para as instruções. Hoje são pouquíssimos aqueles que levam a sério a Instrução Geral sobre o Missal Romano, a REDEMPTIONIS SACRAMENTUM e a ECCLESIA DE EUCHARISTIA.   Mas vamos ao artigo do Dr. Rafael:


by Rafael Vitola Brodbeck

O Cardeal Cañizares entregou ao Papa ontem, 21 de outubro, uma cópia em latim do documento Compendium Eucharisticum, para ajudar os sacerdotes, ao redor do mundo, a celebrar mais piedosamente a Santa Missa.

Trata-se de uma coleção de materiais de estudo, orações e meditações, com o fim de que se promova um adequado culto litúrgico, impedindo os abusos na Missa. Desta vez, entretanto, ao invés de listar os erros e condená-los, são propostas reflexões que, se tomadas a sério, induzem a uma mentalidade mais coerente com o mistério celebrado, com a sacralidade que aquelas normas tanto pretendem resgatar.

No compêndio, fala-se das duas formas, igualmente dignas, do rito romano, e são transcritos os Ordinários da Missa, em latim, nessas mesmas duas formas. Também o Ofício da Solenidade de Corpus Christi, nas duas formas, em latim, é anexado, além de Missas votivas da Eucaristia, hinos e cânticos gregorianos, ladainhas, e o Rito da Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento.

As preces antes e depois da Missa, e as orações ao vestir os paramentos também estão lá, bem como excertos do Decreto sobre a Eucaristia do Concílio Ecumênico de Trento, da Imitação de Cristo, do Código de Direito Canônico, do Código de Cânones das Igrejas Orientais, e do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica. Igualmente, comentários sobre as quatro orações eucarísticas da forma ordinária estão presentes.

Tomara que os padres brasileiros leiam e, os que ainda não fazem, passem a celebrar com a dignidade que requer não uma festa profana, tampouco uma mera reunião religiosa, mas o Santo Sacrifício da Missa, que torna a Cruz real e substancialmente presente sobre o altar. Que o latim seja valorizado, bem como toda a nossa rica tradição, e que a forma extraordinária seja disseminada na Terra de Santa Cruz, ao lado de uma forma ordinária cada vez mais fiel às rubricas.



 

Conversão de anglicanos… Não são quaisquer fiéis!

 O articulista católico e delegado de polícia do Rio Grande do Sul, Dr. Rafael, escreveu no blog do Veritatis Splendor, este artigo que de forma brilhante nos faz pensar: ex-protestantes são muito mais fiés à Tradição, à Palavra e ao Santo Padre do que muitos de nós, ditos católicos desde o nascimento. Que nossos irmãos anglicanos, recém-chegados à Verdadeira Religião possam servir de incentivo à nossa melhor observância aos ditames de Roma.



by Rafael Vitola Brodbeck

Com o recente anúncio da conversão dos anglicanos tradicionalistas da TAC e do restabelecimento do diálogo com os anglo-católicos oficialistas da Forward in Faith, algumas idéias nos vêm à mente.

Não são simplesmente novos católicos. Não são quaisquer fiéis. São excelentes fiéis, muito bem formados, acostumados a ler a Bíblia, conhecedores da Tradição Apostólica a tal ponto que se convenceram de que, por ela, só se pode ser católico apostólico romano.

São bispos e padres acostumados a pregar doutrina sólida, não qualquer vento relativista. Com experiência missionária, com aquela gana, que ainda se mantém nas comunidades protestantes, de levar o mundo para Cristo.
Fiéis, padres e bispos que amam tanto a Cristo e a Igreja que tiveram a coragem de romper com sua comunidade protestante. E que amam, além disso, uma liturgia bem celebrada, com características medievais, dado que o antigo rito inglês de Sarum está bem enraizado em seus ofícios.

Não nos esqueçamos também que a TAC já era uma dissidência do anglicanismo oficial de Cantuária, por considerá-lo liberal. Ou seja, não vamos receber ex-anglicanos, agora católicos, relativistas, progressistas, modernistas. Pelo contrário: teremos em torno de 400 mil novos católicos plenamente ortodoxos, defensores da liturgia, que preservam batinas, casulas, sobrepelizes, incensos, latim, vernáculo bem traduzido, versus Deum, que fazem missões, que não querem manter os povos na ignorância, mas levá-los à adoração de Jesus Cristo, que são devotíssimos da Virgem Maria de Walsingham, que enfrentaram o secularismo de sua própria denominação anglicana a ponto de criarem outra, a Traditional Anglican Communion, e, por fim, se converterem ao catolicismo romano. Fiéis, padres e bispos, e suas esposas e filhos, que vivem o cristianismo dentro e fora das paredes dos templos, e que são absolutamente contra o modernismo, o aborto, o “casamento” gay, a ordenação de homossexuais e de mulheres.

Recebemos não apenas 400 mil almas, mas 400 mil grandes soldados dispostos a lutar por Cristo, 400 mil verdadeiros apóstolos da tradição, da fidelidade ao Magistério, da liturgia correta, da ortodoxia, inimigos do relativismo, do secularismo, do laicismo. Bem próprio do pontificado de Bento XVI.

Com tantos católicos de meia-tijela, que querem fazer uma religião a seu próprio gosto, ou, como se disse do presidente Lula, “católicos à sua maneira”, não podemos senão nos regozijar com essa benfazeja notícia.
Uma lufada de ar fresco!



domingo, 4 de outubro de 2009

O drama e a trama do “Tombamento de Nhá Chica”


Escrito por Coordenação de Pastoral
Qui, 25 de Junho de 2009 13:56

Não sei se chegou ao conhecimento dos nossos internautas o problema que ocorreu no Santuário da Conceição, em Baependi, com inusitada decisão do prefeito daquela localidade, Dr. Cláudio de Carvalho Rollo, de tombar como patrimônio histórico municipal os restos mortais da Serva de Deus Nhá Chica e todos os seus pertences, guardados com imensurável esmero pelas Irmãs Franciscanas do Senhor há 55 anos.

Há cerca de um mês as Irmãs receberam uma notificação de que os pertences de Nhá Chica, sua casinha e a urna contendo os restos mortais da serva de Deus seriam tombados pelo município. Diante desta notificação as irmãs, acompanhadas de seu advogado, bem como, de um decreto do Bispo Diocesano, Dom Diamantino Prata de Carvalho, contestaram o projeto de tombamento.

Curiosamente, esta iniciativa ocorreu no contexto da Festa dos 114 anos da morte de Nhá Chica, quando muito trabalho ocupa as irmãs e todos os voluntários e funcionários da Associação Beneficente Nhá Chica (ABNC) e toda a Paróquia de Santa Maria de Baependi, ao mesmo tempo em que multidões de peregrinos não encontram na cidade lugar adequado para estacionar seus ônibus e mesmo carros, não encontram serviço de alimentação adequado, tendo que se deslocar para o município vizinho de Caxambu, não encontram sanitários em quantidade necessária, ou seja, não encontram tudo aquilo que uma prefeitura preocupada com o seu tesouro, as pessoas que buscam a Serva de Deus, deveria minimamente dispor.

Fato que não ocorre ao interno da ABNC, que depois de muitas adaptações dispõe de banheiros, serviços de restaurante e lanchonete, dentro de suas possibilidades, além de uma incomparável acolhida familiar aos romeiros.

Não tardou, contudo, que recebêssemos, de uma maneira autoritária, o decreto de tombamento assinado pelo referido prefeito. Canais de televisão foram chamados pela prefeitura para fazer uma cobertura, levando a notícia do “Tombamento de Nhá Chica” para além dos limites do município.

Diante disto, as Irmãs tiveram de tomar providências. Panos pretos foram colocado nas janelas e portas do Santuário, para manifestar “luto”. Muitas família da cidade foram solidárias ao Santuário e aderiram à mesma prática. Nesta hora um abaixo assinado já estava sendo feito.

Tentativas de diálogo foram feitas, todas ineficazes.

Planejou-se, então, uma caminhada de fé, uma caminhada orante pelas ruas da cidade, levando até a prefeitura o abaixo assinado. Aos poucos, os argumentos foram sendo elaborados e esclarecidos em conversar com padres que são advogados, teólogos e postuladores de causas em Roma.

Concluíram-se, então, quatro pontos para a contestação do Tombamento:

- a Santa Sé tem a Custódia do Servo de Deus. Logo um poder público não terá esta obrigação e isso poderá vir a interferir negativamente no processo de Beatificação.

- a Igreja é independente do Estado (Constituição Federal, art. 19). Logo, se o bispo disse não, é não. O decreto do bispo anula o do prefeito.

- tombar restos mortais é algo inédito na História. É tocar no sagrado, na experiência de fé do povo.

- a ação de ignorar os documentos de contestação, enviados pelas irmãs, foi um ato de total desrespeito à autoridade episcopal, total desrespeito às Irmãs Franciscanas do Senhor, que há 55 anos zelam pelo Santuário e por tudo o que Nhá Chica possuía e hoje possui, talvez com um zelo maior do que temos pela nossa casa.

Dia 23 de junho de 2009, às 15 horas, realizou-se a caminhada orante. Estiveram presentes cerca de 3 mil pessoas. As irmãs substituíram os panos pretos por brancos. Esteve presente o bispo, com o seu hábito franciscano, acompanhado de alguns seminaristas, o pároco, Pe. José Roberto de Souza, Pe. Geraldo Ernesto, vigário, Pe. Carlinhos, coordenador dos presbíteros, Pe. Ednaldo Barbosa, pároco de Cruzília e o diácono Antônio Carlos, Pe. Douglas, pároco de Caxambu, Pe. Jair, de Carrancas, com pessoas da comunidade, o prefeito e vereadores, Pe Afonso, pároco de Conceição do Rio Verde e Vigário da Forania Serva de Deus Nhá Chica. A caminhada pacífica e orante culminou na prefeitura onde foi entregue o abaixo assinado, que totalizou 8 mil assinaturas.

A caminhada não parou aí. Voltou, cantando e rezando, até o Santuário. Enquanto isso, o Juiz assinava uma liminar contra o decreto do Prefeito. Ao fim da caminhada foi comunicada ao povo a assinatura da liminar, o que provocou uma euforia sem precedentes. O amor a Nhá Chica era visível.

Não faltaram aqueles que fizeram deste impasse uma briga partidário-eleitoral. Mas, por parte da Igreja, em nenhum momento foi este o tom. Pelo contrário, é preciso que fique claro que, quem quer que governe os bens temporais não pode pretender arvorar-se sobre os bens espirituais da Igreja e do povo de Deus.

Como se não bastasse tudo isso, na véspera, os juízes do TRE-MG, na sessão da segunda-feira (22), por cinco votos a zero, cassaram os diplomas do prefeito e do vice da cidade de Baependi, Cláudio de Carvalho Rollo e Márcio Augusto Nardy Neves, por abuso de poder político. A decisão veio confirmar a sentença de primeira instância que, no ano passado, cassara os diplomas de ambos e declarara sua inelegibilidade por três anos.

Segundo a representação proposta pelo Ministério Público Eleitoral, o prefeito, candidato à reeleição, teria feito a doação de diversos lotes com fins eleitoreiros. O relator do caso, juiz Renato Prates, ao analisar o Recurso Eleitoral 5261, entendeu que a doação de lotes foi, de fato, em desacordo com a lei eleitoral.

Para a Procuradoria Regional Eleitoral, que se manifestou pela cassação dos eleitos, restou configurado o abuso de poder político, já que o prefeito se utilizou do cargo para comprometer a lisura e normalidade do pleito em seu próprio benefício. "Com isso, o candidato infringiu o artigo 22 da Lei Complementar 64/90, e, por isso, deve receber a sanção de cassação de seu registro e sua inelegibilidade por três anos a partir das eleições de outubro de 2008", avaliou o procurador, José Jairo Gomes. Os eleitos permaneceram no cargo graças a uma decisão do TRE em dezembro de 2008.

Aguarda-se agora, tempos de paz e serenidade, para esta vetusta paróquia de nossa diocese, guardiã do rico tesouro da Serva de Deus Nhá Chica. E espera-se que as prefeituras de nossos municípios, ávidas por verbas conquistadas com o tombamento de nossas Igrejas e outros bens, mas nunca destinadas à sua manutenção, revejam o seu posicionamento e sua atitudes, muitas vezes astutas como as serpentes, porém sem a simplicidade das pombas.

Fonte: http://www.diocesedacampanha.org.br/pagina-inicial/39-pagina-inicial/232-o-drama-e-a-trama-do-tombamento-de-nha-chica.html


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sacerdotes não devem participar da política




Papa recorda que sacerdotes não devem participar da política

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Tampouco os leigos podem assumir as funções de um presbítero
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CASTEL GANDOLFO, quinta-feira, 17 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Os sacerdotes devem favorecer a unidade e a comunhão de todos os fiéis e, por isso, devem manter-se afastados da política, que é um campo de ação dos leigos, considera Bento XVI.
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Assim o afirmou nesta quinta-feira, ao acolher o segundo grupo de bispos brasileiros, procedente da Região Nordeste, no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, por ocasião de sua visita ad limina apostolorum.
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O Papa dedicou toda a sua intervenção a prevenir contra a “secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos”, além de insistir em que a figura do sacerdote na Igreja é insubstituível.
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“O aprofundamento harmônico, correto e claro da relação entre sacerdócio comum e ministerial constitui atualmente um dos pontos mais delicados do ser e da vida da Igreja”, sublinhou o Papa.
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“É na diversidade essencial entre sacerdócio ministerial e sacerdócio comum que se entende a identidade específica dos fiéis ordenados e leigos.”
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O Papa admitiu que o número escasso de sacerdotes é um problema importante, especialmente nestas regiões, onde a atenção pastoral “deve ser organizada com poucos presbíteros”, mas acrescentou que esta situação “não deve ser considerada normal ou típica do futuro”.
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Por outro lado, afirmou, “a falta de presbíteros não justifica uma participação mais ativa e numerosa dos leigos. Na verdade, quanto mais os fiéis forem conscientes de suas responsabilidades na Igreja, mais se sobressairá a identidade específica e o papel insubstituível do sacerdote”.
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Recordou aos bispos que este Ano Sacerdotal supõe uma boa ocasião para refletir sobre o exemplo do Santo Cura de Ars.
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“Ele continua sendo um modelo atual para vossos presbíteros, especialmente na vivência do celibato como exigência do dom total de si mesmos, expressão daquela caridade pastoral que o Concílio Vaticano II apresenta como centro unificador do ser e do agir sacerdotal.”
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Neste sentido, o Papa explicou quão necessário é buscar mais vocações, como também que “os sacerdotes manifestem a alegria da fidelidade à própria identidade com o entusiasmo da missão”.
Também é importante que os presbíteros “vivam com coerência e plenitude a graça e os compromissos do Batismo”, que celebrem a Missa e rezem o ofício divino diariamente.
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“Deveis concentrar os esforços em despertar novas vocações sacerdotais e encontrar os pastores indispensáveis para as vossas dioceses, ajudando-vos mutuamente, para que todos disponham de presbíteros melhor formados e mais numerosos para sustentar a vida de fé e a missão apostólica dos fiéis”, concluiu o Papa.
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Fonte: agencia Zenit (http://www.zenit.org/article-22694?l=portuguese)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Domingo_06/09/09

No folheto O Domingo, celebração da missa com crianças, há no final um comentário por Isaias Silva Pinto, SSP.

Incrível os malabarismos que fazem os adeptos da teologia da libertação para impor sua visão marxista e materialista do Evangelho. No tal comentário, o sujeito diz:


"...Jesus fez uma coisa muito bonita no Evangelho de hoje? Curou um homem que não escutava e, por não escutar, também não falava bem. Era um homem excluído da sociedade. Estava completamente dependente da boa ação das pessoas. Jesus deu-lhe nova possibilidade de viver, denunciando as injustiças e anunciando a salvação."


Li e reli o Evangelho do dia e até agora não achei de onde o comentarista tirou que o surdo era excluído. Também não encontrei nenhuma denuncia de injustiça proclamada por Jesus.


O que encontrei foi exatamente o contrário:

1.O deficiente auditivo foi levado até Jesus por outros homens. Estes intercederam ao Salvador para que curasse o surdo. Se fosse excluído, não teria ninguém por ele. O que não é o caso.

2.Jesus recomendou com insistência para que não contassem a ninguém. Se Jesus estivesse "denunciando" alguma coisa, não faria o oposto? Se quisesse denunciar alguma coisa, teria Jesus incentivado as pessoas a irem e contar a todos o que havia acontecido. Que injustiças estavam sendo cometidas, blá-blá-blá, etc.


O que mais me preocupa é que este tipo de discurso, vem sendo aberta e descaradamente vomitado sobre nossas crianças. Distorção do Evangelho em nome de uma "teologia" política, igualitária, marxista e herege. Mansamente nossos filhos estão sendo educados socialistamente. Esta ação praticada pelas escolas, ainda dá para entender, mas no folheto da Santa Missa, é no mínimo aberração. Total afronta ao Santo Papa, ao Magistério e à Tradição.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"A palavra-chave do anúncio de Jesus é: Reino de Deus. Mas Reino de Deus não é uma coisa, uma estrutura social ou política, uma utopia. O Reino de Deus é Deus. Reino de Deus significa: Deus existe. Deus vive. Deus está presente e age no mundo, na nossa, na minha vida." (Cardeal Ratzinger - 2000 - Congresso de Catequistas)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Entrevista de Mons. Athanasius Schneider, bispo Auxiliar no Cazaquistão, sobre seu livro entitulado "Dominus Est"

D. Athanasius Schneider, O.R.C., bispo auxiliar de Karaganda no Cazaquistão, nasceu em 1961, no Quirguistão (Ásia Central), para onde seus pais haviam sido deportados e onde foram obrigados a trabalhos forçados. Desde antes de sua sagração episcopal tem se empenhado na construção de uma catedral em Karaganda que pretende dedicar a Nossa Senhora de Fátima.

No presente vídeo, Sua Excelência narra fatos edificantes e nos dá uma atualização da sua obra "Dominus Est" (publicada em sua versão original em italiano pela Libreria Editrice Vaticana), que foi lançada no nosso país no mês de maio pela Editora Raboni (http://www.raboni.com.br).

"Dominus Est" para download, Edições Boa Nova:

www.edicoesboanova.com/site/php/livros_detail.php?idx=38

terça-feira, 9 de junho de 2009

O HINO PONTIFÍCIO

No ano de 1950, por ocasião do Ano Santo, Sua Santidade Papa Pio XII decidiu que a Marcha Pontifícia de Charles Gounod (1818-1893) tornaria-se o hino oficial do Vaticano, executado pela primeira vez como hino oficial em 24 de dezembro de 1949. A Marcha Pontifícia, como era chamada pelo próprio autor (e de acordo com alguns também conhecida como Marcha Religiosa), assumiu o novo título Hino Pontifício, substituindo o antigo hino composto por Vitorino Hallmayr, em 1857, no estilo da época. Gounod, um homem de profunda fé, havia composto o hino por ocasião do Jubileu Sacerdotal de Sua Santidade, o Papa Pio IX. O hino foi executado pela primeira vez na presença do Pontífice, em 11 de abril de 1869, interpretada por 7 bandas militares na Basílica de São Pedro.


LETRA EM PORTUGUÊS

Ó Roma eterna, dos Mártires, dos Santos!
Ó Roma eterna, acolhe nossos cantos!
Glória no alto ao Deus de majestade!
Paz sobre a terra, justiça e caridade.
A ti corremos, angélico Pastor,
Em ti nós vemos o doce Redentor.
A voz de Pedro, na tua o mundo escuta,
Conforto e escudo de quem combate e luta.
Não vencerão, as forças do inferno,
Mas a verdade, o doce amor fraterno.
Salve, salve Roma, é eterna a tua história,
Cantam-nos tua glória monumentos e altares!
Roma dos Apóstolos, Mãe e Mestra da verdade,
Roma, toda a Cristandade, o mundo espera em ti.
Salve, salve Roma, o teu sol não tem poente!
Vence refulgente, todo erro e todo mal!
Salve, salve Roma, o teu sol tem poente!
Vence refulgente, todo erro e todo mal!
Salve, Santo Padre, vivas tanto ou mais que Pedro!
Desça qual mel do rochedo, a benção paternal!

Ouça o belo hino no gadget ao lado.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Carta de Pe. Lodi a Dom Fernando Figueiredo.

‹‹ Prezado Dom Fernando. Estou em Roma, hospedado em um convento de frades franciscanos, enquanto estudo “Licenza” em Bioética. Já me havia chocado o fato de a TV Canção Nova ter chamado Sra. Dilma Rousseff para fazer a leitura em certa celebração litúrgica. Agora a imprensa noticia que o mesmo foi feito na Diocese de Santo Amaro, em uma Santa Missa celebrada pelo Padre Marcelo Rossi (ver 1 e 2). Nem sempre podemos acreditar em tudo o que a imprensa diz, mas a notícia (verdadeira ou falsa) de que uma defensora do aborto e do homossexualismo foi convidada para ler a Sagrada Escritura durante a Santa Missa precisa ser esclarecida. De outro modo, alguns cristãos (que conhecem a pré-candidata) ficarão escandalizados. Outros (que não a conhecem) pensarão que é razoável votar nela nas próximas eleições presidenciais. Sra. Dilma representa para nós o perigo de que a opressão petista venha a se perpetuar, com toda a desagregação moral  que o governo Lula tem promovido : aborto, “casamento” homossexual, adoção de crianças por homossexuais, perseguição religiosa sob o nome de combate à “homofobia”, distribuição de cartilhas de pornografia para as crianças nas escolas públicas, críticas ferozes à Igreja por defender a vida e a castidade etc. A perseguição que agora sofre Dom José Cardoso Sobrinho é uma pequena amostra do que nos espera se o Partido dos Trabalhadores conseguir eleger sua pré-candidata. Deus se compadeça de nós. Esse pesadelo precisa acabar. Subscrevo-me pedindo-lhe a bênção. Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, Presidente do Pró-Vida de Anápolis ›

sábado, 23 de maio de 2009

Santa Rita de Cássia Santa dos Impossíveis e Advogada das Causas Perdidas

Plinio Maria Solimeo
No último quartel do século XIV, vivia em Roccaporena, bispado de Espoleto, na Úmbria, Itália, um casal modelar que tinha o dom de recompor as discórdias e os mal-entendidos, de tal modo que eram conhecidos como “os pacificadores de Jesus Cristo”. Seu nome não ficou registrado na História.

Entretanto, uma grande tristeza toldava-lhes a alma, pois não tinham filhos. Apesar de já estarem avançados em anos, continuavam rogando aos Céus para que lhes fosse concedido um herdeiro. Essa fé inabalável foi agradável a Deus, que atendeu o pedido renovando em favor desse casal o milagre que havia operado outrora com Sant’Ana e Santa Isabel. Mais ainda: um anjo apareceu à feliz futura mãe, comunicando-lhe que daria à luz uma filha, que seria muito amada de Deus e estimada por sua eminente virtude. Os pais deveriam dar-lhe o nome de Margarida (em italiano, Margherita). Com o diminutivo Rita, a futura Santa seria conhecida universalmente.

Conta-se que, quando a recém-nascida estava no berço, um enxame de abelhas brancas como a neve girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas.

Com tais sinais de predestinação, a infância e adolescência de Rita só poderiam ser de uma inteira conformidade com a vontade de Deus.

Matrimônio forçado e infeliz

Aos 12 anos Rita já era uma adolescente de coração nobre, generoso e compassivo, de entendimento vivo, sólido, penetrante e perspicaz. Nessa idade resolveu fazer voto de virgindade. Mas seus pais, embora virtuosos, tinham olhares mais mundanos. Temendo que eles logo faltassem, deixando sozinha essa filha tão longamente desejada, resolveram casá-la com um muito bom partido. Rita relutou muito em aceitar essa idéia, que ia contra seus mais profundos desejos, mas foi inspirada pelo Senhor a submeter-se à vontade dos pais, pois Deus queria que ela se santificasse em todos os estados de vida. Portanto, também no de casada.

Ora, o esposo escolhido para Rita foi Paulo Ferdinando, nobre, rico, poderoso, mas de gênio insuportável, irascível e incontinente. Apesar de a jovem esposa procurar fazer-lhe sempre a vontade e o tratar com a mais extrema docilidade, ele a maltratava com palavras e mesmo com agressão física.

Rita tudo suportava com espírito sobrenatural, sendo assistida em suas angústias pelos três santos de que era mais devota: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau Tolentino. Eles a incentivavam a carregar com paciência sua cruz, oferecendo tudo pela conversão do marido.


Conversão e morte do marido

O martírio de Rita durou 12 anos. Tocado enfim pela tão heróica virtude que via em sua esposa, Paulo começou a mudar. De colérico, altivo, soberbo e dissoluto, passou a ser modesto, humilde, casto e virtuoso.

Agradecendo muito a Deus, Rita esforçou-se então para incentivar o marido e os dois filhos, que a Providência lhe dera, a progredirem na senda da virtude.

Entretanto, não há felicidade completa nesta terra. Paulo Ferdinando foi assassinado por inimigos políticos, a quem ele outrora havia ofendido. Foi um choque tremendo para Rita, que procurou por orações e obras meritórias sufragar a alma do marido.

Como viúva, Rita foi também um modelo, a exemplo do que fora como virgem, esposa e mãe. Dedicou-se de corpo e alma a seus dois filhos, suplicando-lhes continuamente que perdoassem os assassinos do pai, e que não procurassem vingança.

Mas eles, logo após a adolescência, juraram vingar o horrendo crime. De nada valeram os pedidos e as lágrimas da mãe. Esta, então, tomou uma resolução heróica: pediu a Deus que, se eles persistissem nesse intento e fossem ofendê-Lo com tal pecado, que lhes fosse tirada a vida. E foi ouvida. Um após o outro, os dois filhos morreram com todos os auxílios da Religião, perdoando os assassinos.

Entrada milagrosa no convento

Desfeitos todos os laços que a prendiam à terra, Rita podia agora realizar seu sonho primeiro, de consagrar-se inteiramente a Deus num convento. Procurou o de Santa Maria Madalena, da Ordem de Santo Agostinho, seu patrono, e pediu admissão. Mas esta casa religiosa não recebia viúvas. Ela insistiu mais duas vezes, e nas duas foi recusada.

Resolveu então transformar sua casa num lugar de retiro, onde pudesse viver inteiramente isolada, como a mais observante das eremitas.

Num dia em que rezava fervorosamente em sua casa, ouviu batidas na porta. Quando a abriu, viu seus protetores São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino, que lhe disseram: “Vem, já é tempo de que entres no mosteiro no qual foste tantas vezes recusada”. Transportando-a pelos ares, fizeram-na entrar, apesar de todas as portas e janelas estarem fechadas. As freiras, diante desse milagre, viram que era vontade de Deus que Rita fosse uma delas. E a receberam de todo o coração.

Rita começou seu noviciado como a mais fervorosa das noviças. Embora procurando fugir de toda singularidade, cumpria eximiamente todos os pontos da regra.

Para provar sua obediência, a superiora mandou que regasse todos os dias um tronco seco de videira. Com a maior simplicidade ela desincumbia-se da tarefa, até que um dia, milagrosamente, o tronco germinou e dele nasceu a parreira que até nossos dias se pode ver no convento de Cássia. As religiosas enviavam cachos de uvas dessa parreira ao Santo Padre.

Em sua testa, um espinho da Coroa de Espinhos

Certo dia, ouvindo as palavras de Nosso Senhor no Evangelho, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, entrou em êxtase e compreendeu o significado mais profundo dessas palavras.

Outra vez, ouvindo um sermão de São Tiago das Marcas sobre a coroação de espinhos, sentiu uma tal compunção, que pediu a Nosso Senhor a graça de participar, pelo menos um pouco, desse divino mistério. No mesmo instante, sentiu uma violenta dor na cabeça, como se esta fosse pressionada por espinhos. E viu sair do crucifixo diante do qual rezava um raio de luz dirigido à sua testa, sentindo nela penetrar um agudo espinho. Este provocou tão repugnante chaga, que exalava mau odor, e dela saíam mesmo vermes que escorriam pela face da Santa.

Isso fez com que Rita vivesse os últimos 15 anos de sua vida isolada das outras irmãs e mais entregue à contemplação. Só uma vez desapareceu milagrosamente tal chaga. Foi quando ela quis ir a Roma com as outras irmãs, para ganhar um jubileu, e sua Superiora não o quis permitir por causa do mau odor que desprendia sua chaga. Ela rezou, e a chaga fechou-se sem deixar mesmo cicatriz. Logo que voltou ao seu convento após a viagem a Roma, a chaga reabriu-se e permaneceu até sua morte.

Entretanto, a fama da santidade de Rita extravasou os muros do convento, e muita gente vinha para vê-la. Ela previa os acontecimentos, tinha entendimento dos mais recônditos mistérios e operava milagres.

Nos últimos quatro anos de sua vida, padeceu dolorosa enfermidade, durante a qual demonstrou, em meio às dores, tranqüilidade e paciência inalteráveis. Nesse período, operou-se um milagre que se tornou universalmente conhecido. Uma amiga, que a foi visitar, perguntou-lhe se queria algo. Rita respondeu que gostaria muito de receber uma rosa e uns figos do jardim de sua antiga propriedade em Roccaporena. Estava-se no maior rigor do inverno europeu, quando a natureza parece morta. Embora estranhando muito tal pedido, a amiga foi ao citado jardim e, maravilhada, viu bonitas rosas e uma figueira carregada de frutos, que colheu e levou à Santa.

“Vida” post-mortem de Rita de Cássia

Rita entregou sua alma a Deus no dia 22 de maio de 1456. Pode-se dizer que então começou sua pós-vida.

Imediatamente depois de sua morte, os sinos de todas as igrejas de Cássia começaram a tocar por si mesmos, enquanto uma fragrância sobrenatural invadiu todo o convento. Seu corpo parecia rejuvenescido, sua face brilhava. A chaga de sua testa, tão repugnante antes, emitia raios como se fosse uma estrela.

Rita de Cássia foi beatificada no dia 2 de outubro de 1627. Nesse dia, celebraram-se em Cássia solenes cerimônias. Porém, na procissão que se formara, ocorreu viva discussão entre clérigos seculares e religiosos sobre quem devia ter a precedência. Nesse momento, em presença de milhares de peregrinos, o corpo de Rita abriu os olhos, que refulgiram como o de pessoa viva. Os gritos de “milagre!”, “milagre!” fizeram com que a disputa terminasse. Ela foi canonizada em 1900, por Leão XIII.

Outro milagre foi a conservação de seu corpo até nossos dias. Até pelo menos o início do século XX — passados, portanto, mais de quatro séculos de sua morte — no dia de sua festa, o corpo da Santa levantava-se do fundo do relicário onde está, até a superfície da grade do coro das religiosas. Notou-se também que, de tempos em tempos, o corpo muda de posição. Por exemplo, em 1926, sua face, que estava voltada para aqueles que a ela dirigiam suas preces, moveu-se, passando a olhar para o Céu.

fonte: Revista Catolicismo




segunda-feira, 18 de maio de 2009

Padre de 80 anos é preso nos EUA por protestar contra o aborto.


Numa pacífica manifestação no campus da Universidade de Notre Dame, nos EUA, foi preso e arrastado o Padre Norman Weslin. Engraçado é que num país em que a liberdade de expressão é tão exaltada, um sacerdote católico idoso é tratado de forma tão violenta.

Diz o padre aos soldados: “vocês estão prendendo um sacerdote católico por tentar salvar a vida de uma criança?! Pensem! Não percebem que estão raciocinando ao contrário?”

Comentário do pastor protestante: “Tenho o coração partido. Que dia triste para nosso país, quando um homem de Deus é preso por criticar o presidente mais favorável ao aborto da história dos Estados Unidos.”

sábado, 2 de maio de 2009

Simbolismo da Tiara Papal



Os autores dão vários significados para as três coroas. Sendo que todos se referem a um triplo poder.

O significado das três coroas evoluiu no decorrer da história. Tradicionalmente, o triplo poder (militar, civil e religioso) era igualmente exprimido por três títulos:
Pai de reis
Regente do Mundo
Vigário de Cristo

A maioria dos autores dão esta explicação:
A primeira coroa é símbolo do poder da Ordem Sagrada, pelo que o Papa é Vigário de Cristo, sucessor de São Pedro, nomeando os bispos e sendo, por excelência, o grande Pai da Cristandade.

A segunda coroa representa o poder de Jurisdição, em virtude do poder das chaves, ou seja, o de ligar e desligar na terra e no céu.

A terceira coroa representa o poder do Magistério, em virtude da infalibilidade papal. Outros autores dizem que as três coroas expressam as três fases da Igreja: militante (na terra), padecente (no purgatório) e triunfante (no céu).

Outra explicação fala das três funções do papa:
Sacerdote: (bispo de Roma)
Rei: Chefe de Estado soberano
Mestre: árbitro e detentor do magistério supremo, dotado de infalibilidade.

Ainda temos que o Papa é para os cristãos:
Sacerdote soberano
Grande juiz
Legislador

E por fim, outros dividem as coroas pelos poderes:
Temporal: Chefe de Estado soberano
Espiritual: Chefe da Igreja
Moral: superioridade em relação aos outros poderes do mundo



Fonte: http://dominusvobis.blogspot.com/

terça-feira, 28 de abril de 2009

Salvem a Liturgia!


Alguns amigos criaram um blog com a intenção de sensibilizar bispos, padres e leigos e a partir daí resgatar a Sagrada Liturgia.

Logo no início podemos ler: "Defesa e promoção da liturgia romana, de acordo com as rubricas, em estrita fidelidade ao Magistério! Forma ordinária (em latim ou vernáculo) e forma extraordinária bem celebradas. Sobriedade, solenidade e sacralidade!"
Vamos a ele:



domingo, 26 de abril de 2009

Pensamento

“A Igreja tem o que o mundo não tem. A própria vida não atende tão bem como a Igreja à todas as necessidades do viver. A Igreja pode orgulhar-se de sua superioridade sobre todas as religiões e todas as filosofias. Aonde tem os estóicos um Menino Jesus? Aonde está Nossa Senhora dos muçulmanos, a mulher que não foi feita para nenhum homem, e que está sentada acima de todos os anjos? Qual é o São Miguel de Buda, cavaleiro e soldado, que tem preparada uma espada [...]? Que poderia fazer Santo Tomás de Aquino na mitologia do bramanismo, ele que estabeleceu a ciência e o racionalismo da Cristandade?[...] Como teria sido Francisco Trovador entre os calvinistas [...]? Como teria vivido Joana D’arc, uma mulher, esgrimindo a espada que conduzia a guerra, entre os quackers e os pacifistas [...]?” (G. K. Chesterton, O Homem Eterno).

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Gilbert Keith Chesterton (1874 1936)

Um dos maiores e mais influentes intelectuais do século XX, que por razões inconfessáveis ainda é um desconhecido para amplos setores da sociedade contemporânea



Nascido em Londres, Chesterton estudou no Saint Paul’s College, mas não freqüentou a Faculdade, e sim a Escola de Artes. Em 1900, pediram lhe que escrevesse uns artigos de crítica de Arte para uma revista, e partindo daí acabou por tornar-se um dos mais prolíficos escritores de todos os tempos. Chesterton escreveu uma centena de livros, contribuições para outros duzentos, centenas de poemas, incluindo o épico Ballad of the White Horse, cinco peças de teatro, cinco romances e uns duzentos contos, incluindo a popular série sobre o Padre Brown, o padre detetive.

No entanto, apesar das suas habilidades literárias, Chesterton considerava-se acima de tudo um jornalista. Escreveu mais de 4000 artigos, entre os quais trinta anos de colunas semanais para o Illustrated London News e treze anos de colunas semanais para o Daily News, além dos textos diversos que redigiu para o seu próprio jornal, oG.K.’s Weekly. (Para se ter uma idéia, 4000 artigos equivalem a escrever um artigo por dia, todos os dias, durante onze anos. Se isso não o impressiona, tente fazê-lo, não digo por onze anos, mas por algumas semanas. E lembre se: os artigos devem ser todos bons, tão divertidos quanto profundos, e ainda por cima devem poder ser lidos com proveito daqui a cem anos.)

Chesterton movia se com igual desembaraço em crítica literária ou social, História, Política, Economia, Filosofia e Teologia. O seu estilo é inconfundível, sempre marcado pela humildade, pela consistência, pelo paradoxo, pela sagacidade e pelo encanto. Os seus escritos continuam tão atuais e permanentes hoje como no momento em que surgiram, apesar de muitos deles terem sido publicados pela primeira vez em jornais.

O homem que compôs frases tão perfeitas e profundas como "Não é que o ideal cristão tenha sido testado e considerado insuficiente; foi considerado difícil demais e deixado de lado sem testar" ("The Christian ideal has not been tried and found wanting; it has been found difficult and left untried"), media 2,09 metros de altura, pesava uns 140 quilos e costumava ter um charuto na boca. Passeava usando uma capa, um chapéu amarrotado, minúsculos óculos na ponta do nariz e uma bengala na mão, soprando alegremente o seu bigode. E quase sempre não tinha a menor idéia de onde ou quando era o seu próximo compromisso.

Esse distraído, enorme e travesso homenzarrão, que ria das suas próprias piadas e divertia as crianças em festinhas de aniversário lançando balas ao ar e apanhando as com a boca, foi o homem que escreveu a obra intitulada O Homem Eterno, que levaria um jovem ateu chamado C.S. Lewis a tornar se cristão. Foi ele quem escreveu um romance intitulado O Napoleão de Nothing Hill, que inspiraria Michael Collins a liderar o movimento pela independência da Irlanda. E foi também ele o autor de um artigo no Illustrated London News que inspiraria Mohandas Gandhi a liderar o movimento que pôs fim ao domínio colonial inglês na Índia.

Esse foi o homem que, solicitado a escrever um livro sobre São Tomás de Aquino, pediu à secretária que retirasse uma pilha de livros de São Tomás da biblioteca, abriu o primeiro, folheou o do começo ao fim, fechou o e começou a ditar a obra sobre o santo teólogo. E, ao contrário do que esperaríamos, não lhe saiu um livro qualquer.

Chesterton discutiu com muitos dos mais célebres intelectuais do seu tempo: George Bernard Shaw, H.G. Wells, Bertrand Russell, Clarence Darrow. Segundo os relatos da época, costumava sair vencedor dessas disputas. O mundo, porém, imortalizou os seus oponentes e esqueceu Chesterton, de modo que hoje só nos dão a ouvir um dos lados da argumentação e nos obrigam a aturar as heranças do socialismo, do relativismo, do materialismo e do ceticismo. A ironia disso é que todos os seus oponentes tratavam Chesterton com a máxima consideração e estima; Shaw, por exemplo, chegou a dizer: "O mundo não agradeceu o suficiente a Chesterton".

Os seus escritos foram aplaudidos e elogiados por Ernest Hemingway, Graham Greene, Evelyn Waugh, Jorge Luis Borges, Gabriel García Márquez, Karel Capek, Marshall McLuhan, Paul Claudel, Dorothy L. Sayers, Agatha Christie, Sigrid Undset, Ronald Knox, Kingsley Amis, W.H. Auden, Anthony Burgess, E.F. Schumacher, Neil Gaiman e Orson Welles, para só citar alguns poucos. E T.S. Eliot afirmou que Chesterton "merece o direito perpétuo à nossa lealdade".

Os pensadores, os críticos e os comentaristas modernos acharam muito mais conveniente ignorar Chesterton do que fazê lo comparecer numa discussão, porque argumentar com Chesterton equivale a ser derrotado.

Chesterton debateu de forma eloqüente todas as variadas ideologias surgidas no século XX: o materialismo, o determinismo científico, o relativismo moral e o agnosticismo invertebrado. Além disso, combateu tanto o socialismo quanto o capitalismo, mostrando porque ambos têm sido inimigos da liberdade e da justiça na sociedade moderna.

Mas a que coisas ele era favorável? O que defendia? Defendia o homem comum e obom senso. Defendia o pobre. Defendia a família. Defendia a beleza. E defendia a Cristandade e a Fé Católica. Temas que não andam muito em voga nas salas de aula, na mídia ou no debate público. E é provavelmente por isso que ele é desprezado. O mundo moderno prefere escritores que sejam esnobes, que tenham idéias exóticas e bizarras, que glorifiquem a decadência, que ridicularizem os católicos, que neguem a dignidade dos pobres e que digam que liberdade não implica nenhuma responsabilidade.

Mas, mesmo que Chesterton já não seja ensinado nas escolas, você não pode considerar se educado enquanto não ler o Chesterton completo. Além disso, ler todo o Chesterton é por si só uma educação quase completa. Chesterton é realmente um professor, e dos melhores. Ele não irá somente surpreendê lo. Não irá operar apenas o prodígio de fazer você pensar. Ele irá mais além: fará você rir.

Dale Ahlquist
Presidente da American Chesterton Society